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Jordânia, Viagem

Petra, Jordânia

Saiba tudo sobre a visita ao principal cartão-postal da Jordânia: Petra.

Visitar Petra na Jordânia era meu sonho de consumo como viajante desde a infância, pois sempre fui muito fã da franquia Indiana Jones. Revi muitas vezes a Última Cruzada (filme de 1989) justamente por ter sua cena principal nesse local incrível.

E fico muito feliz em saber que lá estive, foi uma verdadeira realização. Claro que nem tudo são flores e os incômodos do turismo em massa tiram muito do brilho de visitar um lugar como este. Mas também entendo o quanto o turismo em Petra (e outros pontos turísticos na própria Jordânia, como mencionei neste post aqui) é importante para a economia do país.

Neste post de hoje (que vai ser um pouco longo por sinal), tento trazer um pouco da história de Petra, como funciona a visita, dicas importantes e informações práticas. Espero que apreciem e boa viagem!

Petra, história breve

Acredita-se que Petra foi fundada em 312 a.C., sendo considerada uma das cidades mais antigas do mundo. Foi a capital do nabateus, que eram antigos povos árabes do sul que chegaram na Jordânia em torno do século 6 a.C. Quem “descobriu” Petra foi um explorador suíço chamado Johann Ludwig Burckhardt, em 1812. Por ter sido uma metrópole desconhecida por cerca de 5 séculos, também é chamada de ‘Cidade Perdida’.

Mas ao contrário do que vimos em Indiana Jones, o “Tesouro de Petra” não é o Santo Graal e lá também não existem salas com armadilhas para separar justos e indignos. O sítio arqueológico fascinante que pode ser visitado por nós hoje em dia nada mais é do que um cemitério incrivelmente ornamentado, com mais de 1000 tumbas. The Treasure (Al-Khazneh), o monumento mais conhecido de Petra, foi originalmente construído como um mausoléu e cripta e tem cerca de 2 mil anos de idade.

O Tesouro.

Mas além das tumbas, existe a cidade onde habitavam os nabateus. A região onde fica Petra foi habitada em 3 períodos diferentes: os edomitas (dos séc. 18 a 2 a.C.), os nabateus (do séc. 2 a 106 d.C.) e os romanos (de 106 a 395 a.C.). Os nabateus eram engenheiros hídricos, comerciantes, construtores e escultores extremamente qualificados.

E desta antiga cidade ainda é possível visitar as tumbas reais, o anfiteatro romano, as ruínas de uma igreja bizantina, as ruínas de um gigantesco complexo de templos do período romano, e o Monastério. Apesar disso, existe uma grande área em escavação, pois apenas 15% da área original da cidade de Petra está visível para turismo neste momento.

Abaixo, da primeira para a última foto (deste bloco): o anfiteatro romano, as ruínas da igreja bizantina, as tumbas reais, o complexo de templos do período romano e o Monastério.

Como é a visita a Petra

A visita a Petra começa pelo sik, um estreito com mais de um quilômetro de comprimento, ladeado por imponentes paredes com 80 metros de altura, e que já foi o curso de um rio. Ao fim dele encontra-se o Tesouro, o monumento mais conhecido do local. Depois seguem-se os demais pontos de interesse, intercalados por restaurantes e ambulantes. O caminho final até o Monastério, último ponto de visitação, é de mais ou menos 1h30 caminhando.

Também é possível fazer o passeio de cavalo ou charrete (na primeira parte, até o Tesouro). Depois é possível seguir o passeio em mulas.

Dicas importantes para visitar Petra

Alguns avisos e dicas extras, para evitar problemas:

  • Use calçados e roupas confortáveis. É preciso caminhar muito, com temperatura alta e muito sol. O ideal é usar roupas leves, mas que te cubram bem (para se proteger do sol e também, por respeito aos monumentos religiosos que você estará visitando).
  • Use protetor solar e beba muita água.
  • Compre o ingresso assim que chegar em Petra. Isso garante para que você se programe para ter tempo de visitar tudo.
  • Isso inclui programar-se para ver o Petra by Night. O evento, que dá a oportunidade de visitar o lugar à noite, acontece dia sim, dia não.
  • Compre ingresso para dois dias. A diferença de preço é pequena e assim garante que pode visitar tudo sem muita correria e o parque arqueológico é grande.
  • Programe-se para visitar o lugar cedo. A entrada é permitida a partir das 6h da manhã, o que garante que você possa aproveitar as horas com temperaturas mais amenas.
  • Peça café da manhã para levar. A maioria dos hotéis providencia café da manhã para levar e consumir antes de visitar Petra, ideal para quem pretende fazer a visita nas primeiras horas da manhã.
  • A caminhada até o Monastério é praticamente uma escalada! Recomendo muita disposição, cuidado e até um pouco de preparo físico. O caminho é íngreme, de pedras escorregadias morro acima. Nós nos machucamos e vimos um turista deixar o local com a perna engessada! E você ainda precisa disputar espaço com as mulas que sobem e descem.
  • Mas é possível visitar o Monastério sem sofrimento. Os táxis que ficam estacionados na entrada do parque são os únicos veículos autorizados a levar visitantes para a outra entrada do sítio, que dá acesso direto a este templo magnífico, porém isolado.
  • Atenção para as chuvas! É altamente recomendado que não faça a visita em dias com previsão de chuva – que ocorrem geralmente no inverno. Chove muito pouco, mas quando chove os riscos de alagamento e deslizamento são altos e várias tragédias já aconteceram em períodos como estes (em novembro de 2018 morreram 12 pessoas por conta das chuvas intensas, só em Petra).
  • Confira opções de tour guiado e trilhas. Caso tenha mais tempo ou preferência, consulte as opções disponíveis. Nem todas as trilhas são extremamente difíceis (só a maioria ;)).
  • Prepare-se para conviver com cheiro desagradável dos excrementos das mulas, dromedários e cavalos. Os responsáveis pelos animais (locais, que até poucas décadas atrás viviam no sítio arqueológico) são recolhidos constantemente, mas é impossível evitar o cheiro. Caso você seja muito sensível a este tipo de situação, recomendo preparar seu espírito.
  • Normalmente eu seria contra o uso dos animais para deslocamento em locais turísticos. Mas considerando que tem pessoas que precisam fazer uso desse tipo de serviço por questões de idade ou saúde, acho por bem dizer que estão disponíveis. Até porque, como já comentei anteriormente, é um país que depende economicamente do turismo e esse tipo de prestação de serviço é a única opção de renda de muitos locais. Da nossa parte, podemos dizer que não vimos nenhum animal ser maltratado.
  • Infraestrutura é precária, por isso fique atento às dicas de segurança. Diferente de Israel, onde foi possível visitar lugares insólitos quase sem sofrimento, em Petra é um pouco diferente. Poucos (mas limpos) banheiros, trecho que vai do centro de atendimento médico até o Monastério não tem escadas ou corredores. As quedas são quase inevitáveis, então toda atenção é pouca.

Petra, informações práticas

Os ingressos podem ser adquiridos no centro de recepção.

Parque Arqueológico de Petra

Site oficial: Visit Petra

Ingresso para 2 dias: 55 J (equivalente a 100 euros) por pessoa.

Petra by Night: Aproximadamente 17 euros por pessoa.

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